Ano 8 - Edição 259
13/03/02 a 19/03/02
Miami, FL - USA
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Seis meses após a tragédia americana
Os Estados Unidos fizeram uma pausa, na última segunda-feira, 11 de março, para marcar com cerimônias cívicas e religiosas os seis meses dos atentados terroristas de 11 de setembro a Nova York e Washington.
Em Nova York, dois monumentos temporários foram inaugurados em homenagem aos quase três mil mortos no ataque às torres gêmeas do World Trade Center. Em Washington, o presidente George W. Bush recebeu congressistas e cerca de 150 embaixadores para uma cerimônia realizada nos jardins da Casa Branca. O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, afirmou que vai preparar outros países para a segunda etapa do que chama de guerra contra o terrorismo. Em um discurso na Casa Branca, feito para marcar os seis meses dos atentados Bush lembrou a tragédia de 11 de setembro e disse que ela pode se repetir em qualquer outro "centro da civilização".
Bush disse que os refúgios para terroristas serão destruídos e que todo país "civilizado" tem um papel a desempenhar porque, segundo ele, o futuro de todos está ameaçado. Segundo Bush, o mundo inteiro enfrenta um inimigo comum que não está sujeito a nenhum tipo de lei ou critério moral. Parlamentares, diplomatas e cerca de 300 familiares das vítimas dos atentados de 11 de setembro participaram do evento na Casa Branca. O vice-presidente americano, Dick Cheney, iniciou nesta segunda-feira em Londres uma viagem de dez dias para buscar apoio a um ataque ao Iraque, que pode se tornar a próxima etapa da "guerra contra o terrorismo". O Iraque é um dos três países que Bush identificou como parte do que chamou "eixo do mal". Assim como a Coréia do Norte e o Irã, o país "patrocinaria o terrorismo".
Presídios brasileiros sem limites
Uma tentativa frustrada de resgate de presos na manhã da última segunda-feira foi o estopim de uma rebelião no Centro de Detenção Provisória de Osasco, que deixou um saldo de seis presos mortos e cinco feridos, sendo um agente penitenciário, informou a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo. A Secretaria informou também que ainda não há possibilidade de afirmar se a rebelião foi organizada pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), mas que os rebelados escreveram no pátio as palavras "paz, justiça e liberdade", um suposto lema do grupo. Na rebelião, que durou sete horas, cinco agentes penitenciários foram feitos reféns. Dois deles foram soltos ao longo das negociações e os outros três libertados somente no final do motim. "Depois do fim da rebelião, a tropa de choque entrou no centro de detenção para restabelecer a ordem, mas não houve confronto com os presos", disse o assessor do órgão. Segundo a Secretaria, algumas instalações do presídio foram destruídas durante a rebelião e colchões foram queimados, mas não houve fuga ou resgate de presos. No presídio, que tem capacidade para 768 presos, estariam detidas atualmente 937 pessoas. Ainda não há informações sobre a identidade dos seis presos mortos, que teriam sido assassinados a golpes de estilete, informou o assessor.