Ano 8 - Edição 259
13/03/02 a 19/03/02
Miami, FL - USA
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Desemprego nos EUA cai mais do que o esperado
O índice de desemprego nos Estados Unidos no mês de fevereiro caiu mais do que os analistas esperavam, atingindo 5,5 por cento da população economicamente ativa, segundo números divulgados na última semana pelo Departamento de Trabalho.
O recuo é mais um indício de que o mercado de trabalho está começando a se recuperar da primeira recessão enfrentada pelo país em uma década.
Em fevereiro, os empregadores demitiram 66.000 pessoas, quase a metade do que no mês anterior, quando os 126 mil cortes resultaram em uma taxa de desemprego de 5,6 por cento.
Economistas entrevistados pela Briefing.com esperavam que o desemprego em fevereiro ficasse em 5,8 por cento e que as folhas de pagamento sofressem muito poucas alterações.
"Isso é bom em todos os aspectos", comentou Rick Egelton, economista do Bank of Montreal/Harris Bank, ouvido pela Reuters.
"Quando você analisa esses números junto com todos os outros indicadores, especialmente o da produção industrial, isso confirma que a economia está realmente em ritmo de recuperação", acrescentou.
O informe surpreendeu especialmente porque o desemprego costuma ficar atrás dos demais fatores da economia, podendo até mesmo se agravar em caso de recuperação do país, uma vez que os patrões só voltam a contratar após terem certeza de que as finanças encontram-se de fato nos trilhos.
A queda mais branda do desemprego em fevereiro levanta a possibilidade de a economia dos Estados Unidos estar ainda melhor do que o descrito pelo presidente do Federal Reserve (Fed), Alan Greenspan, ao Congresso na quinta- feira, quando o dirigente afirmou que a recessão acabou.
O número de pessoas sem ocupação também havia recuado em janeiro, mas alguns economistas atribuíram isso a um menor enxugamento da força de trabalho. Muitos pararam de procurar emprego.
Já em fevereiro, a força de trabalho aumentou em 821 mil postos, tornando os números do desemprego ainda mais expressivos.